quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Feminismo – para refletir.




Sei que meu texto será polêmico, mas hoje estou com vontade de escrever.
Ao longo de minha vida, sempre fui extremamente independente, sempre busquei isso. E quando digo independente, falo de independência de pensamentos e atitudes, não só financeira.
E isso para mim foi tão natural, já que meus pais sempre me proporcionaram isso, mesmo sendo extremamente conservadores, sempre me deixaram livre para escolher minha carreira, meus rumos, minhas opções.
Claro que a estrutura familiar sempre foi meu pilar, e isso meus pais fizeram com maestria, mas este não é o X da questão.
A questão é a seguinte. Hoje vejo várias mulheres se intitulando como feministas. Na minha época, feminista era lutar pela igualdade entre homens e mulheres, ter as mesmas chances de trabalho, ter a mesma voz ao pleitear alguma coisa, ser reconhecida profissionalmente da mesma forma, ter os mesmos salários pelo mesmo trabalho, escolher onde trabalhar independente do sexo. E por outro lado, mostrar aos homens que o lugar da mulher é onde ela quiser, e que ele também tem que fazer tarefas intituladas “do lar”.
Hoje, posso falar que não sou feminista. E sabe por quê?
Porque os valores se inverteram, e o real sentido da palavra feminista está completamente distorcido.
Hoje mulheres não se preocupam mais com o que citei acima, mas estão preocupadas em levantar uma bandeira modista, querem ser aceitas por outras, e sentem a necessidade de defender algo só para se posicionar diante da sociedade. Ser feminista deixou de ser uma luta para ser um idealismo cego onde opiniões são impostas, e comportamentos, e posturas. Que liberdade é essa que estão buscando?
Para ser feminista tem que seguir certos padrões de comportamento, certos discursos prontos, e precisa ser aceita pelo grupo.
E mais uma vez me pergunto. Cadê a liberdade? De pensar o que quero, de falar o que quero, de fazer o que realmente quero, se o tempo todo nos sentimos julgadas por estes grupos que levantam tantas bandeiras e que se perdem do que realmente desejam?
Infelizmente estamos vivendo em uma época em que modismos justificam comportamentos, censuras, julgamentos.
Queria que tudo fosse diferente, e que de fato pessoas lutassem por causas que fazem sentido. Mas no fundo, isso é uma utopia. Porque o ser humano é falho, e salvo raras exceções, sempre buscarão sua autopromoção diante da sociedade. Seja através de uma causa, ou de uma bandeira, ou simplesmente uma opinião mais polêmica para ganhar algum tipo de espaço, seja onde for.
Que triste.

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